Segunda Divisão se assemelha à série A3 do Paulista, avalia diretor
Com mais de 20 anos em administração esportiva, o diretor batelino Flavio Alves tem experiência maior no mercado de futebol de SP e MG
Pela primeira vez em sua carreira esportiva, Flavio Alves inicia um trabalho no futebol paranaense. Anunciado nesta semana como o novo diretor de futebol da Associação Atlética Batel (AA Batel), ele já está em Guarapuava e, desde o final de 2018, planeja a montagem do time batelino que disputará o Campeonato Paranaense da 2ª Divisão em 2019 – a bola deve rolar em abril.
Na avaliação de Alves, o nível da Segundona do Estado se assemelha à A3 do Campeonato Paulista. Em tempo: o futebol paulista tem duas divisões: na Primeira, estão os clubes que disputam as séries A1 (caso de Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras), A2 (Portuguesa e Juventus, por exemplo) e A3 (Comercial e Noroeste, entre outros); e, na Segunda, as demais agremiações. Ele [Campeonato Paranaense] se assemelha um pouco com a A3 do Paulista. Porque é um futebol mais de força, um futebol mais rápido, acrescentando que, a partir da A2, o nível se torna mais técnico em SP.
Com mais de 20 anos em administração esportiva, o diretor rubro-negro tem experiência maior no mercado de futebol de São Paulo e Minas Gerais. Por isso, ele faz essa aproximação da Segundona do Paraná com a A3 paulista. Inclusive, ele já estudou disputas recentes no Estado onde o Batel joga e acredita em uma temporada nivelada em 2019.
ACESSO
A minha vinda para cá foi com a intenção do acesso, diz Flavio Alves. Segundo ele, desde o primeiro contato com o diretor executivo do Batel, Bernardo Feler, já havia o planejamento para conquistar uma das duas vagas à Primeira Divisão.
Neste ano, a Segundona deve contar com dez clubes: AA Batel, AC Paranavaí, Apucarana Sports, CE União, Independente FSJ, Iraty SC, Nacional AC, Prudentópolis FC, PSTC e REC, conforme convocação do Conselho Arbitral 2019.
No entanto, o acesso deve vir acompanhado de um trabalho de estruturação do Batel, analisa Alves. Assim, ele acredita que é possível deixar uma base para 2020, em caso de sucesso no acesso à Primeira Divisão. Temos de subir e subir pra ficar, diz, frisando que o Batel não pode ser saco de pancadas.
Segundo ele, o discurso de um time de Primeira Divisão é de buscar o título. A gente sabe das dificuldades e dos clubes grandes. Mas o objetivo nosso vai ser entrar pra ser campeão, afirma, projetando o horizonte de vitórias do Rubro-Negro da Baixada.
Por isso, o diretor quer um trabalho em longo prazo, projetando a subida e a permanência do Batel na elite.
VENCEDOR
O segredo de um time vencedor é o conhecimento do perfil dos atletas, analisa o diretor de futebol.
Não à toa, as informações sobre o mercado da bola são importantes para contratar jogadores com espírito vencedor (que já subiram de divisão ou foram campeões) e também para entender o comportamento extracampo. É muito importante hoje o atleta ‘fora de campo’. Às vezes, você tem um atleta maravilhoso, mas que te dá um monte de problemas fora de campo, estragando todo um projeto, diz Alves.
Segundo ele, hoje o futebol é nivelado tecnicamente, sem um craque imprescindível como era antigamente.
APOIO
O diretor de futebol do clube guarapuavano afirma que a cidade do Batel precisa apoiar o time. Precisa ter essa união, ser todo mundo junto, abraçado e ‘comprar essa causa’ do Batel, alertando que o sucesso batelino é bom para Guarapuava: comércio, empresários, políticos, Prefeitura etc.