Safra de soja terá bons resultados, avalia presidente da Coamo

Na avaliação do engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, além de um aumento da produção em relação ao ano passado, a tendência é que os preços se mantenham num patamar positivo, com sacas vendidas a R$ 80 em média

As perspectivas para a safra de soja têm se mostrado positivas tanto no volume de produção, que deve ser superior ao do ano passado, quanto ao preço já comercializado nas primeiras parcelas do grão comercializadas pelos produtores.

Durante uma reunião de campo realizada em Guarapuava nesta quarta-feira (22), o diretor-presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, apontou que, a nível nacional, a produção do grão deve girar em torno de 123 milhões de toneladas na safra 2019/2020, superando os 117 milhões de toneladas de 2018.

Entre os cooperados, a colheita no ano passado foi de mais de 69 milhões de sacas de soja, confirmando uma quebra de cerca de 20% – a previsão era de aproximadamente 85 milhões de sacas.

O balanço também confirma o recebimento de 3.811.192 sacas de milho de verão; 43.643.916 de milho na segunda safra; 6.197.429 de trigo; e mais 1.102.579 sacas de culturas como aveia, café e outros. No total, foram 124.366.439 sacas contabilizadas pela Coamo.

Em relação à atual safra, o diretor-presidente adianta que os cooperados já venderam cerca de 35% da produção que ainda será colhida.

Ele vende em função de custo. Tem um preço que dá um bom resultado, ele vende um pouco. Se subir, tem mais para vender, e se passar, ele já vendeu bem, explicando que os cooperados deixam uma carta autorizando a venda no preço de maior interesse.

Reunião de campo foi realizada em Guarapuava nesta quarta-feira (22) (Foto: Ágata Neves)

Gallassini também explica que os preços têm sido interessantes para os produtores, principalmente devido à quebra de safra nos Estados Unidos. Eu acho que a soja vai ter uma grande produção e teremos um mercado internacional bom.

A saca de soja está com um patamar de alta em seu preço, superando a marca dos R$ 80 no Paraná; de forma semelhante, a saca de milho compartilha o bom momento, sendo comercializada numa média de R$ 50.

O mercado está bom e achamos que deve continuar assim, com poucas modificações, durante a safra de soja e a segunda safra de milho, diz Gallassini, pontuando que a tendência é uma melhora econômica no país neste ano.

OBRAS

Durante a reunião de campo, o diretor-presidente da cooperativa anunciou as obras que estão previstas para a região de Guarapuava.

No município de Cantagalo, prevê-se a substituição de duas máquinas de pré-limpeza de 60 ton/h por uma rotativa de 120 ton/h; a substituição de cinco máquinas de limpeza 60 ton/h por uma de 240 ton/h com filtro de manga; além de outras melhorias, que somam um orçamento de mais de R$ 1,9 milhão.

Presidente José Aroldo Gallassini apresentou os números para os cooperados (Foto: Ágata Neves)

Em Pinhão, com um investimento de R$ 555 mil, a previsão é que seja feita a substituição de quatro roscas varredoras; adequação do estacionamento de cooperados; e outras melhorias.

Num cenário geral, entre 2019 e 2020, serão realizadas 125 obras e melhorias nas unidades da Coamo, sendo que 27 já foram concluídas, duas estão em andamento e 96 são previstas.

Para tanto, o balanço de 2019 aponta um faturamento de R$ 13,9 bilhões na cooperativa, com resultados positivos e uma boa distribuição de sobras entre os cooperados.