Região de Guarapuava deve colher 19,5 mil toneladas da 2ª safra de milho

Em todo o Paraná, o desempenho esperado é de 12,3 milhões de toneladas, 7% a menos que no ano passado quando a segunda safra de milho alcançou volume de 13,3 milhões de toneladas

Reflexo do cenário estadual, a produção da segunda safra de milho na região de Guarapuava deve cair 4% no período 2017/2018, conforme estimativa da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento para este ano. Em todo o Paraná, o desempenho esperado é de 12,3 milhões de toneladas, 7% a menos que no ano passado quando a segunda safra de milho alcançou volume de 13,3 milhões de toneladas.

No núcleo regional da terra do lobo bravo, a produção esperada é de 19.575 toneladas. O número representa uma queda de 4% em relação à safra 2016/2017, que bateu na marca de 20.393 toneladas.

Curiosamente, a região deve aumentar a área plantada em 2%, saindo de 4.410 hectares para 4.500, segundo a estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral). Mas o rendimento previsto ficará em 4.350 kg/ha na safra 2017/2018. Se confirmado, isso representará uma queda de 6% em relação à safra anterior, cujo rendimento foi de 4.624 kg/ha.

Entre a primeira e a segunda safra, a produção de milho na região deve ficar em 567.955 toneladas.

ÁREA

Segundo o analista do Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, a redução na área plantada com milho da segunda safra em todo o Paraná deve-se ao alongamento do ciclo da soja, que acabou favorecendo o plantio do trigo que ocorre mais tarde.

Entre a primeira e segunda safra de milho, o Paraná deve produzir este ano 15 milhões de toneladas, que corresponde a 17% da produção nacional que este deve alcançar volume total de 87 milhões de toneladas. A safra nacional também está registrando redução de 10 milhões de toneladas no volume colhido, em função do clima que atrasou os ciclos das lavouras de verão também em outros estados.

Vem ocorrendo plantio tardio de milho nos estados do Paraná, Goiás e Mato Grosso. Com safra menor e aumento do risco durante o desenvolvimento das culturas, a oferta da segunda safra, que representa 70% da produção brasileira, pode não atender as necessidades do mercado interno.

PREÇO

Com isso, as cotações do milho também estão se valorizando no mercado interno. A saca está oscilando entre R$ 30 e R$ 31, um aumento de 30% sobre as cotações em mesmo período do ano passado, quando estavam entre R$ 23 e R$ 24 a saca. Entretanto, ainda não atingiu o preço alcançado em 2016, que foi R$ 35 a saca.