Região de Guarapuava deve colher 151.200 toneladas de trigo na safra 2017/2018

Os dados são da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento para este ano, divulgados na segunda-feira (2), cujo acompanhamento mensal passou a incorporar os resultados da safra de inverno que se inicia

Em sintonia com o cenário estadual, a produção de trigo na região de Guarapuava deve aumentar 44% na safra 2017/2018, na comparação com o mesmo período de 2016/2017. Mesmo com a redução na área plantada, o rendimento será maior.

Os dados são da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento para este ano, divulgados na segunda-feira (2), cujo acompanhamento mensal passou a incorporar os resultados da safra de inverno que se inicia. O Departamento de Economia Rural (Deral) está estimando uma safra de cereais de inverno entre 3,9 e 4,0 milhões de toneladas para todo o estado se não ocorrer problemas climáticos graves.

No caso do núcleo regional da terra do lobo bravo, a produção de trigo deve bater na casa de 151.200 toneladas. Ou seja, é um resultado acima das 105.205 toneladas da safra anterior. Isso representa uma alta de 44%.

Inclusive, o rendimento também terá aumento, saindo de 2.650 kg/ha, em 2016/2017, para 4.200 kg/há; ou seja, +58%.

Já a área estimada para o plantio teve uma redução de 10%, passando de 40 mil hectares (período 2016/2017) para 36 mil hectares (2017/2018). É uma situação diferente do Paraná, cuja área plantada deve crescer, segundo o Deral, cerca de 8%, o que corresponde a um adicional de 80 mil hectares. Assim, a área avança de 970 mil hectares plantados no ano passado para 1.050.000 hectares que devem ser plantados este ano.

Com isso, a produção paranaense deve alcançar o volume de 3,3 milhões de toneladas, que é um aumento de 49% em relação ao ano passado.

ESTADO

A região que mais aumenta a área é a Oeste. O aumento na produção é reflexo da quebra de safra ocorrida no ano passado e também ao alongamento do ciclo da soja, provocado por problemas climáticos no ano passado e início deste ano, que inviabilizou o plantio de milho da segunda safra, favorecendo o plantio do trigo que ocorre mais tarde.

O economista do Deral, Marcelo Garrido, acredita que os produtores ficaram receosos de uma geada precoce que pode acontecer ainda neste mês de abril e atingir em cheio uma possível área de milho de segunda safra. Para fugir desse risco, os produtores optaram por plantar o trigo que é mais resistente aos rigores do clima.

PREÇO

O preço do trigo aumentou cerca de 11% em relação à safra anterior, passando de R$ 31,73 a saca no ano passado para R$ 35,36 a saca, em média, este ano. Segundo Garrido, a safra de trigo tende a ser grandiosa no Paraná, confirmando o Estado como líder em produção ao lado do Rio Grande do Sul.

Juntos os dois estados contribuem com o todo o fornecimento de trigo para o mercado interno, que corresponde a metade do que é consumido.