Professores fazem ato em frente ao núcleo de educação de Guarapuava
De acordo com Terezinha Daiprai, presidente do diretório regional do APP-Sindicato, o funcionalismo público paranaense ainda aguarda uma proposta concreta do governo para dar fim ao movimento grevista
A paralisação dos servidores públicos paranaense completa 16 dias nesta quarta-feira (10). A partir de 25 de junho, trabalhadores de diversas categorias cruzaram os braços em protesto à falta de pagamento da data-base desde ano, correspondente a 4,94% da inflação.
Além disso, o funcionalismo exige um planejamento para quitar os valores atrasados desde 2016, que já somam mais de 17% de defasagem na folha de pagamento.
Alguns dias após o início da greve, a administração estadual propôs um reajuste de 5,09% parcelado até 2022, condicionando ao fim da licença-prêmio. A proposta não agradou os grevistas.
Em meio a isso, o clima na capital paranaense esquentou, e centenas de manifestantes ocuparam a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na tarde da última terça-feira (9). Uma fala do deputado Ricardo Arruda (PSL) foi considerada provocativa e foi o estopim para o movimento. Agora, os servidores estão acampados em frente ao Palácio do Iguaçu, sede do governo.
O comando de greve estadual determinou também que nos municípios do interior as categorias em greve realizem atos em conjunto para deixar um recado para o governador Ratinho Júnior, disse ao CORREIO Terezinha Daiprai, presidente do diretório regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
Na terra do lobo bravo, a entidade sindical realizará uma manifestação em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Guarapuava a partir das 10h desta quinta-feira (11). A tendência é que os professores permaneçam mobilizados até o final do dia no local.
ADESÃO
No ponto de vista da sindicalista, o movimento do funcionalismo tem crescido em todo o Paraná. A ocupação da Alep e o acampamento em frente ao Palácio do Iguaçu foram atos extremos para buscar a atenção do governador, acredita Terezinha.
Ele precisa dar uma resposta concreta sobre a data-base e negociar os outros itens da pauta, completa. De acordo com Daiprai, a adesão à greve já atingiu parcialmente 60% das escolas de Guarapuava; 30% pararam totalmente, diz.