Produção de cevada e trigo tem estimativa de alta na região de Guarapuava

A colheita de cevada na região deve ser de 165.640 toneladas; já o trigo, 147.000 toneladas. Em todo o Paraná, a cevada vai girar em 255 mil toneladas; e a triticultura, em 3,2 milhões de toneladas

A estimativa de produção das safras de cevada e trigo é positiva no Núcleo Regional de Guarapuava.

Segundo os dados recentes do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a cevada vem forte na safra 2018/2019.

A colheita na região de Guarapuava deve ser de 165.640 toneladas, o que representa uma alta de 14% na comparação com a safra passada, que foi de 144.730 toneladas.

Aliás, em todo o Paraná a expectativa é de crescimento, saindo de um desempenho de 220 mil toneladas para 255 mil toneladas. O Estado é o maior produtor de cevada do Brasil.

Os dados do relatório mensal mostram que área paranaense segue semelhante à safra 17/18 (56 mil hectares), mas a produção deve aumentar 16%, de acordo com o engenheiro agrônomo do Deral, Rogério Nogueira.

Cerca de 31% da produção já está comercializada, especialmente no município de Guarapuava, principal produtor. Lá, os agricultores já comercializaram 50% da produção. O plantio começa em junho.

TRIGO

No caso da triticultura, segundo o Deral, o Núcleo Regional de Guarapuava deve colher 147.000 toneladas na safra 2018/19, superando as 110.930 t da temporada passada. Isso representa uma variação positiva de 33% na produção.

A estimativa da área na região é de 35.000 hectares, que é uma queda de 5% em relação ao período anterior (36.900 ha).

Em todo o Paraná, tanto a área quanto a produção de trigo mantiveram os índices passados. A estimativa de área está em um milhão de hectares, e a produção esperada para a safra 18/19 é de 3,2 milhões de toneladas. Cerca de 60% da área está plantada até o momento, resultado bastante superior ao do ano passado, quando a seca atrasou o plantio.

A saca de 60 kg de trigo é comercializada a R$ 46,50, preço 10% superior ao mesmo período de 2018. Porém, o custo também teve um aumento significativo, gerando uma redução de área de 9%, na comparação com a safra passada. A rentabilidade também melhorou. Porém, como a colheita não começou, não há confirmação sobre a continuidade dos preços. O cenário ainda é incerto. O impasse entre o EUA e a China e o atraso no plantio norte-americano são fatores que podem ajudar o preço do trigo e de outras commodities, explica o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Winckler Godinho, do Deral, via Ag. de Notícias do Paraná (ANPr).