‘Pensar no Plano de Mobilidade é pensar na cidade do futuro’, diz secretário
Nesta semana, a Prefeitura assinou, junto a uma empresa licitada, a ordem de serviço para os estudos que serão utilizados na elaboração do Plano de Mobilidade Urbana. O objetivo é pensar Guarapuava a partir da infraestrutura e das demandas do sistema de d
A pé, de carro, de ônibus, de bicicleta. Pelas calçadas, ruas, avenidas, cruzamentos.
De uns tempos para cá, o deslocamento dentro das médias e grandes cidades se tornou um dos gargalos do planejamento urbanístico. O aumento no fluxo de veículos e o crescimento populacional vêm agravando essa situação.
Em uma cidade como Guarapuava, com cerca de 180 mil pessoas (conforme a projeção mais recente do IBGE), a mobilidade urbana tem de ser planejada para resolver problemas que envolvem a frota de veículos, o sistema de transporte coletivo e a integração entre os vários tipos de modais (carros, bicicletas, ônibus etc.).
Um dos caminhos é a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana. Nesta quinta-feira (14 fevereiro), o prefeito de Guarapuava Cesar Silvestri Filho e secretários assinaram a ordem de serviço junto à Urbtec Planejamento e Consultoria.
Assim, ao longo dos próximos meses a Urbtec, empresa vencedora do processo licitatório, cumprirá diversas etapas e estudos para elaboração do Plano. Estão previstas reuniões e audiências públicas, com pesquisa de campo para acompanhar o fluxo de veículos em Guarapuava, por exemplo. Depois de pronto, o Plano será apreciado pela Câmara de Vereadores.
Pensar no Plano de Mobilidade é pensar na cidade do futuro, afirmou o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Airson Horst, em entrevista ao CORREIO. Ou seja, o objetivo do projeto é pensar Guarapuava a partir da infraestrutura e das demandas do sistema de mobilidade urbana.
MUNICÍPIO
Para o secretário Horst, Guarapuava está prestes a completar 200 anos de história e, por isso, tem problemas de infraestrutura e disposição urbanística que dificultam o planejamento de mobilidade.
Aliás, segundo ele, um dos gargalos é a frota motorizada. O titular da pasta informa que, em dez anos, o fluxo cresceu de 49 mil veículos para 107 mil na terra do lobo bravo.
Por sinal, o secretário acredita que uma das direções do Plano é investir no transporte coletivo. Ele diz que, em todo o Brasil, apenas 20% dos espaços públicos se destinam a 80% das pessoas, ou seja, àqueles que se utilizam de transporte coletivo.
Em suma, a maioria da população se locomove em uma pequena fatia pública, quando deveria ser o contrário. O Plano vem para abrir essa discussão e contemplar isso também: tentar viabilizar condições alternativas onde o trânsito se torne flexível e mais rápido.
PLANO
A formulação do Plano de Mobilidade Urbana passa pela construção conjunta. Que a sociedade civil organizada, junto com a administração pública, vai poder construir um Plano de Mobilidade que vai contemplar todas as necessidades; ou tentar melhorar a condição de cada um daqueles que vivem em nossa sociedade e também daqueles da região que se utilizam da estrutura de nossa cidade, diz o secretário.
O documento terá um planejamento de execução de ações a curto, médio e longo prazo. Os atos maiores devem ser implantados até 2032, diz o secretário. Não é um Plano para esta gestão [Governo Cesar Filho], mas para as várias gestões que virão após esse mandato, finaliza.