Pedágio deve terminar sem todas as obras na região, avalia coordenador

O engenheiro Roberto Abagge esteve em Guarapuava nesta terça-feira (21), participando da reunião pública ‘Novo ciclo de Concessão Rodoviária’, ocorrida com a presença de autoridades, representantes do governo Cida Borghetti e de lideranças políticas

Até 2021, os atuais contratos de concessão das rodovias no Paraná devem terminar sem que as obras previstas na região de Guarapuava sejam executadas em sua integralidade. Essa é a avaliação do coordenador de concessões do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (DER) Roberto Abagge.

Ele esteve em Guarapuava nesta terça-feira (21), participando da reunião pública Novo ciclo de Concessão Rodoviária, ocorrida com a presença de autoridades, representantes do governo Cida Borghetti e de lideranças políticas da região. Era o sexto encontro desse tipo no Paraná, com o objetivo de discutir o modelo do próximo ciclo de concessões viárias. Cida já determinou que não renovará os atuais contratos.

No encontro na Acre/Unicentro, o engenheiro Abagge explicou, à reportagem do CORREIO, que a região da terra do lobo bravo tem dois lotes operando entre as concessionadas do pedágio. No contrato, ainda tem uma duplicação da Ecocataratas [concessionária de pedágio] até o entroncamento da PR 170, que vai para o Pinhão. É uma duplicação de 2 km. E também tem a previsão de duplicação de Guarapuava até o Trevo do Relógio.

Segundo ele, esse trecho de 2 km está em operação e uma das concessionadas já realizou 12 km. Porém, ainda teria mais um trajeto de cerca de 30 km, que não deve ser levado a cabo em função da judicialização de contratos e das quantidades insuficientes previstas para as obras. Provavelmente não vai conseguir se fazer toda essa extensão de Guarapuava até o Trevo do Relógio, estima.

O problema maior é do edital original, que não previu quantidades suficientes para a realização dos investimentos. O DER não conseguiu ainda fazer uma revisão, um reequilíbrio do contrato de concessão.

ANEL

Em 1995, o Paraná apresentou ao governo federal o programa de concessões do Anel de Integração. No ano seguinte foram celebrados seis convênios através dos quais a União delegava ao Estado 1,8 mil quilômetros de trechos de estradas federais.

Os seis lotes definidos foram licitados em 1997, quando as empresas vencedoras – Econorte, Viapar, Ecocataratas, Caminhos do Paraná, CCR Rodonorte e Ecovia – assumiram tanto a conservação e manutenção dos trechos quanto a realização de um cronograma de novas obras.