Paraná deve colher 12,3 milhões de toneladas da 2ª safra de milho

Segundo o analista do Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, a redução na área plantada com milho da segunda safra deve-se ao alongamento do ciclo da soja, que acabou favorecendo o plantio do trigo que ocorre mais tarde

O Paraná está concluindo o plantio da segunda safra de milho, que deve ocupar uma área de 2,15 milhões de hectares, uma redução de 11% sobre o plantio ocorrido na mesma época no ano passado. A produção esperada é de 12,3 milhões de toneladas, 7% a menos que no ano passado quando a segunda safra de milho alcançou volume de 13,3 milhões de toneladas.

Segundo o analista do Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, a redução na área plantada com milho da segunda safra deve-se ao alongamento do ciclo da soja, que acabou favorecendo o plantio do trigo que ocorre mais tarde.

Entre a primeira e segunda safra de milho o Paraná deve produzir este ano 15 milhões de toneladas, que corresponde a 17% da produção nacional que este deve alcançar volume total de 87 milhões de toneladas. A safra nacional também está registrando redução de 10 milhões de toneladas no volume colhido, em função do clima que atrasou os ciclos das lavouras de verão também em outros estados.

Vem ocorrendo plantio tardio de milho nos estados do Paraná, Goiás e Mato Grosso. Com safra menor e aumento do risco durante o desenvolvimento das culturas, a oferta da segunda safra, que representa 70% da produção brasileira, pode não atender as necessidades do mercado interno.

Com isso, as cotações do milho também estão se valorizando no mercado interno. A saca está oscilando entre R$ 30 e R$ 31, um aumento de 30% sobre as cotações em mesmo período do ano passado, quando estavam entre R$ 23 e R$ 24 a saca. Entretanto, ainda não atingiu o preço alcançado em 2016, que foi R$ 35 a saca.