Palestra discute políticas públicas e ações de equidade de gênero
O 1º Encontro de Cidades, organizado pelo Grupo de Pesquisas Conversas Latinas em Comunicação, tem a parceria da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e Projeto Florescer e integra a programação dos 16 dias de ativismo contra a violênci
A professora doutora e vice-presidente do Cones (Conselho Nacional de Educação Superior), Gladys Britz, abriu o 1º Encontro de Cidades, na manhã desta quarta-feira (5). A palestra discutiu Políticas Públicas e ações de promoção de equidade de gênero na educação paraguaia, trazendo para Guarapuava novas alternativas para buscar a igualdade entre homens e mulheres em todos os âmbitos.
A Gladys Britz traz uma outra perspectiva para nossa cidade que busca, em todas as suas ações, a equidade entre homens e mulheres. O Paraguai aderiu a um modelo que vem dando certo em questão de igualdade, por isso é importante a presença de alguém que participa efetivamente desse processo. O dia de hoje foi de muito aprendizado e grandes trocas de experiências, comentou a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Priscila Schran de Lima.
Durante a palestra, Glady Britz abordou a luta histórica pela busca de igualdade no Paraguai. Segundo ela, desde quando as crianças são inseridas na escola, aos 4 anos, já é discutido em sala de aula, de forma lúdica, o que é igualdade e como ela funciona. Além disso, os professores são instruídos a eliminar os estereótipos de gêneros e materiais didáticos com imagens ou padrões estereotipados também são evitados. Nada vem de graça e sim através de muita luta. Os desafios são muitos. Temos que ter consciência de que a busca pela equidade de gênero não é algo restrito a um grupo de pessoas. O combate não é só dentro das escolas. É preciso um conjunto de atitudes dentro e fora dela que contribuem para um país mais igualitário para todos, afirmou.
A palestrante também abordou a lei de equidade no Paraguai e o longo percurso até sua aprovação. A lei que norteia processos e ações busca a equidade de gênero em toda sua diversidade, seja ela social, política, econômica, física, racial, étnica, religiosa, entre outras. Inclusive, é está lei que garante que 50% dos cargos políticos sejam ocupados pelas mulheres. Há uma diferença no Brasil e no Paraguai nesta questão. No Brasil também temos uma lei que obriga os partidos a preencherem 30% das vagas das eleições para as mulheres. Mas preencher as vagas é diferente de assumir o cargo, como é obrigatório, no caso do Paraguai. Quando criamos um processo de lei que busca igualdade, somos barradas por sermos só duas vereadoras mulheres contra 21 vereadores homens. É difícil, mas vamos continuar buscando pela igualdade. Só espero que não nos matem, pois vontade de lutar sempre continuaremos tendo, disse a vereadora Professora Terezinha.
O 1º Encontro de Cidades, organizado pelo Grupo de Pesquisas Conversas Latinas em Comunicação, tem a parceria da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e Projeto Florescer e integra a programação dos 16 dias de ativismo contra a violência de gênero.