Oito discos importantes de 1988

Oitenta e oito. Trinta anos atrás, o mercado fonográfico vivia tempos de ebulição, com gravadoras e artistas em seu auge de comércio e produção. Principalmente no Brasil, onde a geração do Rock BR ainda tinha espaço na programação de rádios e TVs.

O CORREIO abre nesta edição uma série nostálgica com listas de discos produzidos em anos terminados com o número oito: Disco Infinito – o nome é uma referência à posição do 8 quando deitado (?), que lembra o símbolo do infinito. A série também tem vídeos publicados às sextas-feiras, pelo canal TV Correio – site do jornal, YouTube e Facebook.

Pra começar, nada melhor do que o ano com oito dobrado: 1988. Nesse período, a música (nacional/internacional) produziu discos como Introspective, Bora Bora, Rattle and Hum, Ideologia.

A partir de agora, uma lista com oito registros, com base no gosto da equipe do #curta!.

BOYS

Em 1988, a dupla de música eletrônica Pet Shop Boys (Neil Francis Tennant e Christopher Sean Lowe) lançou aquele que se tornaria um de seus trabalhos mais conhecidos: Introspective.

Da icônica capa à seleção de faixas, o forte do disco é a criação de um ambiente dançante e praticamente infinito, uma vez que as canções são longas para os padrões radiofônicos.

PARALAMAS

É evidente a evolução sonora de Os Paralamas do Sucesso na década de 80. O trio formado por Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone variou de discos cheios de hits (O passo do Lui) a obras que misturam rock e brasilidade (Selvagem?).

Em 1988, aparece Bora Bora, um disco repleto de metais e que chacoalhava o ouvinte logo na primeira faixa do lado A, com a contundente O Beco.

U2

Nos anos de 1980, o quarteto irlandês U2 formado por Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. tornou seu som conhecido para o resto do mundo.

Nada mais natural do que explorar o mercado dos EUA. O álbum e documentário Rattle and Hum (1988) é o resultado do mergulho da banda na cultura norte-americana.

CELSO

Diferentemente de sua produção autoral, o brasileiro Celso Blues Boy gravou um disco com letras em inglês em 1988: Blues Forever. Mas a exceção tem um motivo bastante nobre: trata-se de um trabalho em homenagem a clássicos do blues e do rock internacional.

Ao longo das faixas, desfilam canções de Willie Dixon, Otis Rodding, Jagger/Richards, John J. Cale, entre outros. Apesar disso, não é o melhor registro do mestre.

BRIAN

Um dos principais nomes do surf rock, o compositor/cantor Brian Wilson se notabilizou com os vocais afinadíssimos do The Beach Boys nos anos de 1960.

Em 1988, ele lançou um disco que levava apenas seu nome na capa. Na vitrola, era uma verdadeira preciosidade, com faixas belíssimas: Love and Mercy e Melt Away. Inclusive, esse material ganhou o apelido de Pet Sounds '88, numa alusão ao clássico disco do Beach Boys de 1966.

CAZUZA

Vocalista e compositor na fase inicial do Barão Vermelho, Cazuza teve uma carreira-solo bastante consistente ao longo da década de 80.

Em um contexto conturbado, Cazuza produziu Ideologia em 1988. O material tinha os hits “Ideologia” e “Faz parte do meu show”. A versão de Gal Costa para Brasil entrou na abertura da novela da TV Globo Vale Tudo.

SCORPIONS

Sem o mesmo vigor da primeira metade dos anos de 1980, a banda alemã de hard rock Scorpions lançou em 1988 o LP Savage Amusement.

Esse décimo álbum de estúdio tinha os hits Rhythm of Love e Believe In Love. E só.

IRA

Fechando a lista do CORREIO para o ano de 1988: Psicoacústica, disco da banda paulistana Ira!.

Em termos de organicidade, é sem dúvida o melhor disco do então quarteto formado por Nasi, Edgard Scandurra, Gaspa e André Jung. Mas, à época de seu lançamento, o disco da capa alucinante foi mal compreendido pelo público e por grande parte da crítica.

 

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