Oficina capta contribuições da população de Guarapuava para o Plano de Mobilidade Urbana

Acessibilidade no Residencial 2000, quantidade de linhas de ônibus do transporte coletivo, calçamento histórico no Centro de Guarapuava.

Estes foram alguns dos assuntos abordados pelos grupos de trabalho na noite desta segunda-feira (20 maio), durante oficina comunitária realizada no auditório da Secretaria de Trânsito e Transportes (Setran) na rodoviária.

Representantes da Urbtec Planejamento e Consultoria e da Setran interagiram com a comunidade guarapuavana, em uma fase de prognóstico/diagnóstico de estudos do Plano de Mobilidade Urbana.

A oficina é uma oportunidade de a pessoa vir e contribuir, diz o diretor da Urbtec, Gustavo Taniguchi, em entrevista a este CORREIO. A empresa é responsável pelos estudos que balizam a elaboração do Plano.

Segundo ele, é importante ouvir a opinião de quem vive o dia a dia da cidade. Afinal, a população pode identificar quais são os principais problemas e as principais virtudes da mobilidade de Guarapuava.

As equipes de pesquisa já estão nas ruas da famosa terra do lobo bravo, medindo o fluxo e o tráfego de veículos em cruzamentos, por exemplo. Ainda não tem um diagnóstico final, até porque a gente precisa desse olhar comunitário, complementa.

PESQUISA

Gustavo Taniguchi informa que há três semanas os pesquisadores da Urbtec estão a campo fazendo os levantamentos em Guarapuava.

Mas o diretor aponta uma dificuldade em relação à participação da comunidade. Dos mais de 100 ciclistas abordados, por exemplo, somente 19 se dispuseram a participar da pesquisa respondendo o questionário. Fica um apelo para a população de Guarapuava que esse Plano é para ela. Quando a gente faz uma abordagem, toda essa experiência, esses dados que a gente busca com as pessoas é para o bem delas. É para que a gente planeje corretamente a mobilidade de Guarapuava, destacando que é importante a participação dos cidadãos.

No caso do transporte motorizado, está sendo feita uma classificação volumétrica em 47 pontos da cidade. Em outras palavras, significa que, em cada um dos cruzamentos apontados, os pesquisadores contam e classificam os veículos que trafegam no local.

Segundo Taniguchi, outros tipos de levantamento serão realizados nos próximos 30 dias. É o caso, por exemplo, dos usuários que frequentam o sistema de transporte coletivo do município.

AUDIÊNCIA

Seguindo o cronograma do Plano, o próximo encontro público será uma audiência envolvendo toda a comunidade, com previsão de ocorrer no início de julho deste ano. Até lá, todas as pesquisas estarão prontas para serem apresentadas em formato de dados compilados ao público.

Em seguida, vem a realização de uma nova oficina comunitária. Desta vez, o foco será nas propostas trazidas pelos participantes. A gente vai complementar essas propostas com a visão técnica que a gente tem do município.

IMPORTANTE

Na visão do secretário de Trânsito e Transportes, Airson Horst, uma oficina como essa que ocorreu na segunda-feira é importante para o Plano de Mobilidade.

É necessário um engajamento da sociedade nesse momento, destacando que o trânsito é dinâmico. Agora é o momento para aqueles que têm com o que contribuir chegar aqui e colocar o seu pensamento.

Segundo ele, a função da Setran é coordenar esse trabalho.

Fica um apelo para a população de Guarapuava que esse Plano é para ela. Quando a gente faz uma abordagem, toda essa experiência, esses dados que a gente busca com as pessoas é para o bem delas. É para que a gente planeje corretamente a mobilidade de Guarapuava 

– Gustavo Taniguchi

ENTENDA

Em fevereiro deste ano, o prefeito Cesar Silvestri Filho e secretários assinaram a ordem de serviço junto à Urbtec Planejamento e Consultoria para iniciar os estudos para a produção do Plano de Mobilidade Urbana.

O Plano é a lei municipal que visa integrar o planejamento urbano, transporte e trânsito, observando princípios de inclusão e sustentabilidade.

Segundo o secretário Airson Horst, a previsão é de que em outubro deste ano a minuta do Plano será encaminhada pela Prefeitura para apreciação dos vereadores na Câmara. Se tudo correr dentro dos conformes, algumas ações da nova lei devem ser tomadas a partir de 2020.