Mais da metade dos profissionais cadastrados na regional de Guarapuava do Crea-PR são engenheiros agrônomos

Na regional são 1.067 engenheiros agrônomos cadastrados, destes 422 somente em Guarapuava

A profissão de agrônomo ou engenheiro agrônomo completa 86 anos neste sábado (12 de outubro). Criada pelo decreto nº 23.196, em 12 de outubro de 1933, a modalidade passou por transformações nessas décadas e contribuiu para solidificar o Brasil como protagonista mundial no agronegócio.

A lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, regulamentou o exercício da profissão. Atualmente, segundo a Câmara Especializada de Agronomia (CEA) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), há 12.904 engenheiros agrônomos registrados – 11.088 homens e 1.816 mulheres. São mais de 105 mil inscritos no Sistema Confea/Crea no país.

Na regional do Crea de Guarapuava – que também compreende as inspetorias de Irati, Laranjeiras do Sul e União da Vitória – são 1.067 engenheiros agrônomos cadastrados, sendo somente em Guarapuava 422.

Os engenheiros agrônomos representam mais de metade dos profissionais registrados na nossa regional. Isso demonstra a importância desta profissão para a região Centro-Sul paranaense, que tem uma vocação para o agronegócio dentro de um contexto econômico e social, avalia o gerente da regional de Guarapuava do Crea-PR, engenheiro eletricista Thyago Giroldo Nalim.

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

A profissão ganhou importância junto à sociedade, como observa o engenheiro agrônomo Almir Antonio Gnoatto, coordenador da CEA do Crea-PR. A presença do engenheiro agrônomo assessorando os produtores e empreendimentos rurais leva ao uso racional e eficiente dos recursos e melhora os resultados econômicos, sociais e ambientais. Com o uso e acesso das tecnologias e das inovações adequadas a cada situação, tem-se gestão produtiva, comercial, financeira e da mão de obra. Para a sociedade, a presença do profissional garante a oferta de alimentos seguros, com rastreabilidade, preservando o meio ambiente.

Gnoatto cita que os profissionais têm o papel de produzir alimentos saudáveis e de forma sustentável. A CEA tem incentivado e fiscalizado os profissionais para o uso racional dos recursos, principalmente quando envolve controle químico, orientando a realização de diagnósticos para a prescrição do receituário agronômico.

A agricultura brasileira, seja na produção de grãos, fibras, cereais e criação de animais tem forte atuação dos Engenheiros Agrônomos. E novas oportunidades de atuação têm surgido, como cita Gnoatto. Um exemplo está na chamada agricultura urbana e da economia criativa. Podendo produzir alimentos em pequenos lotes, terrenos baldios no meio urbano, utilizando fertilizantes oriundos da compostagem do lixo orgânico produzido nas residências. O engenheiro agrônomo está em tudo, novos mercados estão surgindo.

EVOLUÇÃO

As novas tecnologias também exigirão mudanças no perfil dos engenheiros agrônomos. A formação dos futuros profissionais está ocorrendo em praticamente todas as regiões do Paraná. Segundo dados do portal e-MEC, do Ministério da Educação, o Estado conta com cursos presenciais de Agronomia ou Engenharia Agronômica em 47 instituições de ensino, somando 61 campi e 6.237 vagas. No país, segundo o MEC, existem 456 cursos e 93.120 vagas.

PARA SABER MAIS

As atribuições dos engenheiros agrônomos estão previstas no artigo 5º da Resolução nº 218/1973 do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia). Na página do Crea-PR (CLIQUE AQUI), é possível consultar os profissionais registrados no sistema.