Luis Felipe Manvailer afirma não lembrar do que ocorreu com Tatiane Spitzner

A avaliação psiquiátrica foi solicitada pelo Ministério Público após a defesa do réu pedir a sua transferência para o Complexo Médico-Penal de Pinhais. Em nova versão, ele diz “achar” que Tatiane se jogou

O professor Luis Felipe Manvailer, acusado de matar a advogada guarapuavana Tatiane Spitzner, afirmou durante uma avaliação psiquiátrica que não se recorda do que ocorreu na madrugada do dia em que sua esposa morreu. Ele está preso preventivamente há 20 dias.

Com isso, o suspeito mudou a sua versão sobre o caso, em que afirmava que a vítima havia pulado da sacada do apartamento no 4° andar. Essa versão foi reiterada em seu depoimento para a Polícia Civil e durante a sua audiência de custódia.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou uma avaliação psiquiátrica e psicológica de Manvailer após a defesa pedir com urgência a sua transferência para o Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele teria tentado tirar a própria vida nos últimos dias.

O mesmo pedido já havia sido feito no dia 24 de julho. Porém, naquela ocasião, o delegado Bruno Miranda Maciozek determinou que a presença de Manvailer ainda era importante para as investigações.

Segundo o laudo, ele também negou ter usado drogas no dia em que Tatiane morreu e não explicou o motivo de ter limpado as manchas de sangue no prédio, e de ter fugido com o carro da vítima. 

RÉU

A juíza Paôla Gonçalves, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, aceitou a denúncia contra o suspeito na última quarta-feira (8 de agosto). Assim, Manvailer se tornou réu no processo em que é acusado de homicídio qualificado, cárcere privado e fraude processual.

Os advogados de defesa têm dez dias para apresentar a defesa preliminar e determinar as testemunhas.

VIOLÊNCIA

Na última sexta-feira (3 de agosto) a Polícia Civil divulgou as imagens das câmeras de segurança do prédio onde o casal morava. Nelas, Manvailer agride Tatiane várias vezes minutos antes da morte da advogada.

A defesa do suspeito se manifestou através de nota, e afirmou que permanece aguardando o resultado dos exames periciais no corpo da vítima, no apartamento do casal, nas câmeras de segurança, nos smartphones, computadores e HDs apreendidos, e na realização de reprodução simulada dos fatos com a presença do acusado.