Filme sul-coreano ‘Parasita’ faz história e conquista estatueta de melhor filme no Oscar 2020

Na virada de domingo (9) para esta segunda-feira (10), a maior festa do cinema ocidental reconheceu a importância de “Parasita”, premiando este longa-metragem sul-coreano em quatro categorias: filme, diretor (Bong Joon-ho), roteiro original e filme intern

De vez em quando, Hollywood surpreende. Pela primeira vez na história do Oscar, um filme de língua estrangeira, exibido nos Estados Unidos com legendas, levou a estatueta na categoria mais importante.

Na virada de domingo (9) para esta segunda-feira (10), a maior festa do cinema ocidental reconheceu a importância de Parasita, premiando este longa-metragem sul-coreano em quatro categorias: filme, diretor (Bong Joon-ho), roteiro original e filme internacional. A película havia sido indicada em seis categorias.

Nenhum filme estrangeiro jamais havia conquistado a premiação máxima nos 91 anos da academia de cinema.

Parasita é uma comédia sarcástica sobre uma pobre família que reside em Seul, na Coreia do Sul, e que alcança um status de classe média alta. Dirigido por Bong Joon-ho, o filme foi aclamado por ilustrar a divisão social existente na Coreia.

A película também conquistou premiações de melhor roteiro original e de melhor filme estrangeiro.

Enquanto isso, Kazu Hiro, nascido no Japão, ganhou seu segundo Oscar na categoria maquiagem e cabelo, por seu trabalho em Bombshell. O filme aborda casos de abuso sexual na emissora de TV Fox News.

O primeiro Oscar da 92.ª edição dos prémios da Academia de Hollywood foi entregue a Brad Pitt como melhor ator secundário, pelo desempenho em Era Uma Vez em… Hollywood, de Quentin Tarantino.

O ator Tom Hanks, pelo desempenho em Um Amigo Extraordinário, Anthony Hopkins, em Dois Papas, Al Pacino, em O Irlandês, e Joe Pesci, em O Irlandês, eram os outros quatro candidatos.

COMO FOI

A entrega do Oscar de melhor ator secundário abriu a cerimônia de celebração da indústria cinematográfica norte-americana, em Los Angeles, uma solenidade de novo sem apresentador e com Coringa, de Todd Phillips, reunindo onze indicações, o maior número da noite, entre as quais as de melhor filme, melhor realizador e melhor trilha sonora.

Coringa foi seguido de perto por O Irlandês, de Martins Scorsese, Era uma Vez… em Hollywood, Quentin Tarantino, e 1917, de Sam Mendes, com dez indicações cada, entre as quais, as categorias de melhor filme e melhor realização.

A produção brasileira Democracia em vertigem não venceu na categoria documentário. O ganhador neste quesito foi Indústria americana, de Julia Reichert e Steven Bognar.

A 92ª edição do Oscar foi realizada no Dolby Theatre, em Los Angeles, na Califórnia.

NETFLIX

O grande derrotado da noite foi a produção original da Netflix O Irlandês, que não levou prêmio algum. Uma pena, pois se trata de verdadeira obra-prima dirigida por Martin Scorsese e estrelada por Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci. É um épico sobre a trajetória de um matador a serviço da máfia.

Por tabela, a Netflix também amargou revés, pois esse famoso serviço de streaming conseguiu apenas o Oscar de atriz coadjuvante para Laura Dern em História de um casamento, drama original do canal.