O abate de animais (bovinos, suínos e frangos) em 2017 pôs o Paraná entre os estados em crescimento, dentro ainda de um contexto nacional positivo para boa parte dos segmentos. É o que revelam os dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (21).
No quesito bovino, o Paraná teve +85,65 mil cabeças, destacando-se entre 16 das 27 unidades da federação. Mas o Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2017, com 15,6% da participação nacional, seguido por seus dois vizinhos do Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (11,1%) e Goiás (10,3%).
Após três anos de queda, o abate de bovinos cresceu 3,8% em 2017 no Brasil, atingindo 30,83 milhões de cabeças em relação a 2016. Foi o primeiro crescimento anual após três quedas consecutivas nessa comparação.
Já no 4º trimestre de 2017, foram abatidas 8,02 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 0,4% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 8,3% maior que a do 4° trimestre de 2016.
SUÍNOS
Em 2017, foram abatidas 43,19 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 2% (+865,59 mil cabeças) em relação a 2016. A série anual mostra que houve crescimentos ininterruptos dessa atividade, culminando em novo patamar recorde em 2017.
O abate cresceu em 12 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Santa Catarina (+772,49 mil cabeças), Paraná (+322,56 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+128,18 mil cabeças), Minas Gerais (+100,06 mil cabeças) e Mato Grosso (+75,78 mil cabeças). Em contrapartida ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-334,55 mil cabeças), São Paulo (-81,87 mil cabeças) e Goiás (-69,77 mil cabeças).
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2017, com 26,6% do abate nacional, seguido por Paraná (21,3%) e Rio Grande do Sul (18,6%).
No 4º trimestre de 2017, foi abatido o recorde de 11,05 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 0,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 2,2% na comparação com o mesmo período de 2016. A Pesquisa se iniciou em 1997.
FRANGOS
Apesar da queda nacional, o Paraná continuou liderando o ranking das UFs no abate de frangos em 2017, com 31,5% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (14,7%) e Rio Grande do Sul (14,5).
Em 2017, foram abatidas 5,84 bilhões de cabeças de frango, com queda de 0,3% (-18,54 milhões de cabeças) em relação a 2016, interrompendo a série de quatro anos consecutivos de crescimento do abate de frangos.
A região Sul respondeu por 60,8% do abate nacional de frangos em 2017, seguida pelas regiões Sudeste (19,9%), Centro-Oeste (13,9%), Nordeste (3,8%) e Norte (1,6%).
O abate de 18,54 milhões de cabeças de frangos a menos em 2017, em relação ao ano anterior, foi determinado por reduções no abate em 9 das 24 Unidades da Federação que participaram da pesquisa.
Os aumentos ocorreram em: São Paulo (+26,05 milhões de cabeças), Goiás (+20,20 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+15,42 milhões de cabeças), Bahia (+9,62 milhões de cabeças), Paraná (+9,51 milhões de cabeças) e Mato Grosso do Sul (+6,34 mil cabeças).
No 4º trimestre de 2017, foram abatidas 1,43 bilhão de cabeças de frangos. Esse resultado significou queda de 3,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 1,1% na comparação com o mesmo período de 2016.