‘É uma honra representar minha cidade’, diz guarapuavana campeã
A guarapuavana Aline Wime faturou recentemente o título de campeã da Superliga B ao lado de suas companheiras do Curitiba Vôlei Carob House/CMP. A jogadora planeja jogar até os 35 anos de idade em alto nível e em seu país
Desde que saiu de Guarapuava para correr o mundo, a atleta Aline Aparecida Siqueira, a Aline Wime, se destaca pelo voleibol de qualidade que sai de seus braços e mãos. Recentemente, a profissional de 30 anos de idade se sagrou campeã da Superliga B pelo Curitiba Vôlei Carob House/CMP.
Além de vencer o Positivo Londrina na casa do adversário, Wime e suas companheiras de quadra já haviam se garantido na elite do voleibol nacional para a próxima temporada. Aliás, a Superliga A contará com as duas equipes paranaenses (Curitiba e Londrina).
Com passagens pelos colégios Capitão Wagner, Professor Pedro Carli (Caic) e Visconde de Guarapuava, a guarapuavana treinou no passado com o professor Alexandre Danziato. Depois, ela saiu da terra do lobo bravo para jogar profissionalmente no esporte.
De lá pra cá, Wime teve passagem por países como Portugal, até dar uma parada em 2017 para tratar sua saúde e operar um tumor. Fiquei seis meses recuperando. Quando recuperei, surgiu proposta pra jogar fora do país. Mas resolvi jogar aqui no Brasil por motivos familiares. Até que aconteceu de eu ter sido indicada para jogar no Curitiba Carob House, conta, em entrevista exclusiva ao CORREIO.
Sempre que pode, a atleta retorna a Guarapuava para rever familiares e amigos. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Conte um pouco sobre a trajetória do time na Superliga B. Vocês tiveram uma evolução, batendo inclusive o Londrina na final. As adversárias do Norte tinham vencido o Curitiba na primeira rodada da fase classificatória.
Perdemos o primeiro jogo por decorrência da estreia em casa, a ansiedade nos abalou; outro fator foi porque a equipe estava em construção. A falta do entrosamento talvez tenha comprometido um pouco, tínhamos ali poucas semanas de treinamentos enquanto o Positivo Londrina treinava há meses.
Como foi vencer o Londrina em pleno Moringão, com mais de 4 mil pessoas a favor do time da casa?
Sentimento inexplicável, nós nos fechamos de uma forma que nada nos derrubaria naquele momento. O jogo fluiu naturalmente, sem nenhuma pressão. O trabalho foi duro. O satisfatório para nós não era só entrar para a elite do voleibol e sim fazer o trabalho por completo, vencer a final.
Na Superliga B deste ano, o Paraná contava com 3 equipes, representando as cidades de Londrina, Curitiba e São José dos Pinhais. E duas delas subiram para a Liga A. É o reflexo do bom momento do vôlei feminino no Estado?
Acho muito importante a visibilidade que essa competição deu e vai continuar dando para o estado. O Paraná é uma escola muito reconhecida no quesito formar bons atletas. Alguns anos atrás o voleibol paranaense tinha perdido um pouco a essência, por falta de incentivo. Embora o voleibol masculino já esteja competindo a nível nacional, o feminino precisava voltar para engrandecer o trabalho dos profissionais e amantes do voleibol paranaense.
Como tem sido o planejamento do Curitiba Vôlei Carob House/CMP? Você continua na equipe ou tem outras propostas? Como é participar desse projeto encampado pelo Giba (ex-jogador da Seleção Brasileira)?
Inicialmente o mercado do voleibol está em movimento, e o próprio Curitiba Vôlei Carob House está contatando novos patrocinadores para apoiá-lo na SLA. Estou no aguardo para recontratação e/ou uma nova contratação. O Giba, para nós, é um ícone, ele já nos inspirou muito em quadra e hoje nos inspira e incentiva fora dela nos dando dicas, palavra de apoio e de vez em quando treina junto com gente.
Como guarapuavana, como é a sensação de levar o nome de sua cidade natal nesse título da Liga B?
É uma honra representar minha cidade, tenho muito orgulho de ter crescido em Guarapuava e ter me formado lá como atleta, para mim é um prazer levar o nome da minha cidade através do esporte que eu amo.
Quais são os próximos passos em sua carreira?
Ainda pretendo jogar até uns 35 anos, se Deus permitir. Não almejo Seleção Brasileira, mas se eu puder jogar e me manter na Superliga A, ficarei até me aposentar (risos). Mas, se nada disso acontecer, tenho vontade de jogar mais algumas temporadas fora do Brasil.