Detento encontrado morto no ‘cadeião’ é identificado; ele estava preso há 16 dias
De acordo com o Depen-PR, Bruno da Silva Ribas, de 21 anos, foi detido no dia 27 de maio, acusado do crime de furto
Mais um preso provisório da cadeia pública de Guarapuava, que fica anexa à delegacia da 14ª Subdivisão Policial (SDP), foi encontrado morto. Como se tornou rotina em outros casos, o interno foi encontrado enforcado em sua cela na manhã desta quarta-feira (12).
Um relatório do Instituto Médico-Legal (IML) mostrou que o corpo deu entrada no órgão às 9h21, e confirmou que o enforcamento foi a causa da morte.
Em nota, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) confirmou que a vítima é Bruno da Silva Ribas, de 21 anos. […] foi encontrado em sua cela na manhã desta quarta-feira, por volta das 7h.
Assim como os outros quatro detentos mortos na unidade prisional neste ano, Bruno estava detido há pouquíssimo tempo: apenas 16 dias. Ele foi encarcerado no dia 27 de maio, acusado do crime de furto (previsto no artigo 155 do Código Penal).
De acordo com o Depen-PR, a partir de agora será instaurado um inquérito policial e um procedimento administrativo para apurar o caso, e apontar se o homem foi morto ou se tirou a própria vida.
HISTÓRICO
Sucateada, a cadeia pública possui capacidade para pouco mais de 160 internos, mas abriga um grupo superior a 400 detentos. A expectativa é que o local deixe de abrigar os presos provisórios quando uma Casa de Custódia for construída no município, mas não há previsão para que isso ocorra.
Além das constantes fugas, neste ano cinco detentos morreram no cadeião. No dia 7 de março, Crisley Júnior Vaz (23 anos) foi encontrado já sem vida em sua cela. Duas semanas depois, Samuel da Cruz Wass (23 anos), que estava preso há apenas quatro dias, se enforcou.
No dia 28 de abril, Valderi Antônio Morais Knopik (30 anos) também morreu enforcado em sua cela. Já no dia 23 de maio, Jaison Donisete Gonçalves (36 anos) foi encontrado morto em sua cela pelos agentes penitenciários.
Em nota, o Depen-PR afirmou que todas as mortes estão sendo devidamente apuradas por procedimento interno e inquérito policial.
O departamento também afirmou que a Polícia Militar é responsável por manter a guarda externa da cadeia pública durante o banho de sol e nos dias de visitação. Não foi confirmado o número de agentes penitenciários lotados na unidade.