Cooperados da Agrária obtêm certificação internacional de soja responsável

Apesar dos rigorosos requisitos da organização RTRS (Round Table on Responsible Soy), obter a certificação foi relativamente simples para o Grupo Reinhofer, que há anos participa do PAGR (Programa Agrária de Gestão Rural)

O grupo familiar Reinhofer, formado por Eduardo, Hildegardt, Bruno e Robert Reinhofer, cooperados da Cooperativa Agrária Agroindustrial, obteve no último dia 8 de fevereiro a certificação RTRS, que atesta a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental de produtores de soja em todo o mundo. Com isso, atualmente o grupo é o único com a certificação vigente no Paraná.

Apesar dos rigorosos requisitos da organização RTRS (Round Table on Responsible Soy), obter a certificação foi relativamente simples para o Grupo Reinhofer, que há anos participa do PAGR (Programa Agrária de Gestão Rural). A sistemática é muito parecida. A RTRS goza de uma credibilidade muito grande, por ser uma certificação internacional, que atende os requisitos mundiais de sustentabilidade. Portanto, o fato de termos atingido esses requisitos via PAGR, significa que o programa da Agrária atende tranquilamente os padrões internacionais, destacou Bruno.

A certificação se aplica às cinco propriedades do grupo no Paraná, em um total de 11,7 mil hectares – dos quais, 6 mil de área cultivada. Todas integram também o PAGR. A certificação tem validade de cinco anos, mas durante esse período as fazendas serão objeto de novas auditorias, a fim de confirmar que as exigências continuam a ser atendidas. É preciso fazer um trabalho bem feito, porque uma coisa é obter a certificação, e outra é mantê-la, ressaltou Bruno. As boas práticas em agricultura têm que estar verdadeiramente enraizadas na cultura da fazenda, no dia a dia das pessoas, senão em pouco tempo caem no esquecimento, e tudo o que foi conquistado se perde.

OBJETIVO

O objetivo do RTRS é disseminar modelos sustentáveis de produção de soja no mundo, respeitando não só toda a legislação local (ambiental, trabalhista, etc.), como também atuando positivamente para uma agricultura socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável. A certificação, nesse sentido, serve para que as empresas que compram soja tenham informações seguras sobre sua procedência. Muitas dessas indústrias usam o selo RTRS em suas embalagens, com o intuito de informar o consumidor final sobre a origem sustentável do produto.

Hoje essas certificações ainda são um diferencial, mas em breve elas serão um requisito mínimo para sentar à mesa de negociação, concluiu Bruno.