Confeiteiros põem a mão na massa para fechar as encomendas de Páscoa

Em meio ao mar de ovos de chocolate comercializados nos dias que antecedem o feriado da Páscoa, vêm nadando de braçada os produtos artesanais carinhosamente pensados pelos confeiteiros guarapuavanos.

De ovos a bolachas, as opções agradam gostos diferenciados e ocupam um espaço – cada vez maior – no mercado.

Cacá Billek é um exemplo disso. Trabalhando profissionalmente na área desde 2007, foi em 2009 que ela optou por transformar as bolachas em seu carro-chefe. Além das amanteigadas, que produz e vende ao longo de todo ano, ela trabalha com unidades temáticas.

Ofertamos dois sabores: de mel ou amanteigada, e eu prefiro trabalhar com o glacê, que acaba sendo mais saboroso, explica, acrescentando que a decoração para a Páscoa é tradicional: ovinhos, coelhinhos, cenourinhas e, eventualmente, patinhas (de coelhos). Você usa a criatividade para decorar, acrescenta.

Com resultado de uma divulgação majoritariamente feita no boca a boca, através de seus próprios clientes, ela acredita que as vendas vêm aumentando nos últimos anos, mas ressalta que o mercado ainda precisa melhorar. Peço que as pessoas prestigiem [o trabalho local]. Não é só bonito, é gostoso.

EM ALTA

Se de um lado, as bolachas tornaram-se uma das protagonistas da Páscoa; do outro, os ovos continuam em destaque – o que faz com que muitas pessoas acabem trabalhando com esses produtos, seja como sua fonte de renda principal, ou uma complementação ao final do mês.

Um dos responsáveis pelo Cookie do Boleta, Thiago Cruz, que ao longo do ano dedica sua produção aos biscoitos, abre espaço para a produção de ovinhos recheados nesta época.

Utilizando uma casquinha feita com massa de cookie, ele oferece cinco tipos de recheios para seus clientes: nutella, doce de leite com nozes, brigadeiro de chocolate amargo, brigadeiro de leite ninho e ganache de maracujá.

A questão do [doce] artesanal está crescendo em todo lugar. É bem competitivo, mas tem espaço para todo mundo, acredita.

AVALIAÇÃO

No ponto de vista da doceira Mariele Marcondes, a falta de emprego no município vem fazendo com que o número de pessoas que se dedicam a esta área aumente cada vez mais. Mas, não posso reclamar. Acredito que tenha mercado para todas, e isso se exige qualidade e bom atendimento, aponta.

Com mais de seis anos de experiência na área, ela avalia que o público ainda busca preços mais baixos e não valoriza o produto e a mão de obra artesanal.

Hoje Mariele trabalha diretamente com seus clientes a partir de encomendas.