Boa opção para produtores, feiras se consolidam em Guarapuava

Realizadas semanalmente em diferentes bairros da cidade, as feiras trazem panificados, verduras e artesanatos como produtos principais; segundo feirante, os preços acabam sendo positivos para os agricultores

Espalhadas por bairros como Vila Bela, Vila Carli, Santa Cruz e Santana, as feiras dos produtores já ocupam espaço na agenda de muitos guarapuavanos. Vegetais, artesanatos e panificados são alguns dos atrativos que, semanalmente, são comercializados nesses espaços.

Uma das feirantes é Sivanilde Pazinato (43 anos), que tem uma propriedade no Faxinal dos Fiúza. Junto de seu marido, ela expõe há mais ou menos quatro anos na feira da Paróquia Sant’Ana, que ocorre às terças-feiras, das 13h às 18h.

Tem vários clientes que deixam, às vezes, até produtos encomendados. Tem vários clientes fiéis, pontuando que as vendas são positivas.

Em termos financeiros, ela explica que os valores acabam sendo vantajosos para os feirantes. Aqui tem um preço melhor. Se for vender em mercado, tem que ser bem abaixo, destacando a qualidade dos produtos comercializados.

Já Márcia Regina Ferreira (42 anos), que também expõe na feira do bairro Santana, atua no ramo da panificação, vendendo pães e sonhos. Ela conta que o volume de vendas é bom, mas depende do mês e do dia.

Um dos seus produtos é o pão de batata doce, que começa a ser produzido ainda no domingo à noite, com o cozimento das batatas. Na segunda de manhã, Márcia começa o processamento do pão, que é vendido no dia seguinte.

Além disso, ela também comercializa sonhos, que são produzidos nas manhãs de terça-feira. Via de regra, as principais vendas são os pães de batata doce e de linguiça, e o sonho de goiabada.

A qualidade dos produtos é um dos principais atrativos, já que, no caso das verduras, por exemplo, a colheita geralmente ocorre no mesmo dia da comercialização (Foto: Douglas Kuspiosz/Correio)

ASSOCIAÇÃO

A organização desses produtores é feita pela Associação dos Produtores Feirantes de Guarapuava (Aprofeg), que dita as regras do negócio. Segundo o tesoureiro da entidade, Rodrigo Junior Paczkowski, elas têm sido uma boa opção de negócio na cidade.

Quem vai uma ou duas vezes fica fiel à feira, diz. Para os agricultores, devido à baixa oscilação nos preços, as vendas acabam sendo positivas.

No seu ponto de vista, a qualidade dos produtos é um dos principais atrativos, já que, no caso das verduras, por exemplo, a colheita geralmente ocorre no mesmo dia da comercialização. O produto é fresco e a qualidade é bem boa. Os clientes mesmos falam que é superior a de mercados da região, citando, ainda, o baixo uso de agrotóxicos na produção.

Em números gerais, cerca de 80 produtores atuam nas feiras em Guarapuava, sendo que mais ou menos metade atua no ramo de vegetais. A curto-prazo, a expectativa é que se tenha mais duas feirinhas em bairros da cidade. A gente está trabalhando de uma forma que atenda os clientes em geral, e que uma feira não prejudique a outra, completa Rodrigo.

Equipe de reportagem do CORREIO visitou a feira que ocorre às terças-feiras no bairro Santana, em Guarapuava (Foto: Douglas Kuspiosz/Correio)

AGENDA

As feiras dos produtores são realizadas semanalmente, de terça a domingo, das 13h às 18h, em vários bairros da cidade, começando com a Paróquia Sant’Ana.

Na sequência, na quarta, a feira ocorre na Paróquia Divino Espírito Santo, na Vila Bela. Na quinta, as paróquias Santa Cruz e São João Bosco, no bairro Vila Carli, recebem a atividade. Por fim, na sexta-feira a feira ocorre no Espaço do Cidadão do Xarquinho.

Durante o final de semana, aos sábados, a feira é realizada na Paróquia Santos Anjos, no bairro São Cristóvão, e na rua XV de Novembro, das 8h às 12h. No domingo, os feirantes se reúnem no Parque do Lago, das 14h às 18h.