Soja, avicultura, milho e cevada foram destaques no VBP de Guarapuava em 2021

Relatório preliminar do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab) aponta um Valor Bruto de Produção de mais de R$ 2 bilhões; no Núcleo Regional, milho voltou a ocupar segundo lugar na produção

Com um aumento nominal de 41,9%, Guarapuava se destacou mais uma vez entre as cidades que atingiram a casa de R$ 1 bilhão no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2021. Os dados levantados pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab) ainda são preliminares, mas devem ser confirmados como números oficiais até o final de agosto.

O município saltou de R$ 1.605,99 bilhões em 2020 para R$ 2.278,28 no ano passado. De acordo com o Deral, dentro deste último número, a soja foi a cultura mais rentável financeiramente para Guarapuava, correspondendo a 32,5% com produção de 285.000 toneladas e um VBP de R$ 736.630.95. Além disso, houve produção de 15.600 toneladas de sementes, com valor de R$ 4.241.796.

Na sequência, aparece a avicultura com 10,5% e receita de R$ 239.385.417. Depois, o milho correspondeu a 9,5% e ganhos de R$ 217.175.829 somando a 1ª e 2ª safras. Na quarta colocação figura a batata com 7,8% e R$ 178.350.426 do valor total.

A cevada, cultura na qual Guarapuava se destaca na produção nacional, ocupa a quarta colocação em produção com 82.502 toneladas, mas fica em quinto em relação ao VBP, com R$ 142.708.844.

NÚCLEO REGIONAL
Dos 10 municípios que compõem o Núcleo Regional de Guarapuava, além de Guarapuava, outros dois chegaram na lista dos “bilhões”: Prudentópolis (R$ 1.149.227.138) e Candói (R$1.052.044.617).

Em relação às culturas que foram destaques no último ano, o Deral aponta que a soja segue reinando nas lavouras da região, ocupando um percentual de 36,1% dos R$ 180,38 bilhões gerados em 2021, um acréscimo nominal de 40,6% em relação ao ano de 2020.

A novidade do relatório é o milho que voltou a ocupar a 2ª colocação, anteriormente perdida para o VBP regional da bovinocultura. “Com o VBP de R$ 770,22 milhões, indicando aumento de 74,8% em relação ao ano de 2020. Essa retomada também foi em decorrência do aumento do valor desta commodity, com índice de 100,7% superior ao ano anterior na produção da primeira safra, a qual representa 95,4% da produção de milho neste regional, enquanto a produção da 2ª safra representa apenas 4,6%”, frisa o relatório preliminar.

A bovinocultura ocupou a terceira colocação no Núcleo Regional passando de R$ 527,27 milhões em 2020 para R$ 715,34 milhões em 2021. O aumento, segundo o Deral, se deu pela redução na comercialização de animais para abate. No quarto lugar aparece os Produtos Florestais, englobando as madeiras em toras para serraria, laminadora, papel e celulose entre outros produtos como: erva-mate, pinhão, mudas.

Neste setor o aumento foi de 54,4% no VBP deste ano em relação a 2020. “O setor madeirável passou de 2,88 milhões de m3 para 3,46 milhões de m3 de madeira em tora (+19,8%)”, indica o Departamento. A produção de erva-mate aumentou de 105.790 toneladas para 120.280 toneladas (+13,7%).

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