Cesar Filho diz que Guarapuava será ‘vitrine’ nas eleições estaduais

Em entrevista ao CORREIO, o ex-prefeito de Guarapuava fala da diferença de cenários de 2018, quando chegou a articular uma pré-candidatura a governador, para este ano, cuja posição na disputa está mais consolidada

O ex-deputado estadual e ex-prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho (PSDB), anunciou recentemente sua pré-candidatura ao Governo do Paraná. O anúncio envolveu uma mudança partidária, saindo do Podemos para entrar no Partido da Social Democracia do Brasil (PSDB).

Em entrevista ao CORREIO, Cesar fala da diferença de cenários de 2018, quando chegou a articular uma pré-candidatura a governador, para este ano, cuja posição na disputa está mais consolidada.

“Em 2018, era um cenário em que eu tinha uma decisão difícil, que era renunciar à Prefeitura para dar sequência à candidatura. Era um cenário bem mais dividido, com três ou quatro pré-candidatos”, afirma o ex-prefeito, citando que agora, em 2022, a tendência é uma eleição polarizada entre o ex-senador Roberto Requião (sem partido) e o atual governador, Carlos Massa Ratinho Jr. (PSD). “A minha pré-candidatura se apresenta nesse momento como uma ruptura dessa polarização, se colocando como uma opção entre esses dois polos que se formaram no Paraná”.

Segundo Cesar, a ida para o PSDB ocorreu devido a uma mudança do encaminhamento do Podemos, que passou a priorizar a eleição ao Senado ao invés do Governo.

“Por outro lado, surgiu a oportunidade no PSDB, que me procurou justamente oferecendo a oportunidade de construir e levar essa candidatura até o final, uma vez que o PSDB entende, assim como eu, que havia esse espaço aberto e que é uma boa contribuição a dar para a política do Paraná”, citando, ainda, uma reestruturação da legenda.

Questionado sobre ocupar uma posição como “terceira via” na disputa, o ex-prefeito diz que sua pré-candidatura “rompe uma polarização que já estava posta”. Ele acredita que haverá uma “disputa franca” entre os três nomes até o início da campanha eleitoral.

“Nossa candidatura é uma homenagem a Guarapuava e a região. É colocar Guarapuava numa posição de protagonismo político que nós nunca tivemos. Seria a primeira candidatura ao Governo [do Estado] de um guarapuavano”, afirma Cesar Filho.

VITRINE
Ao CORREIO, o pré-candidato diz que seu trabalho de oito anos à frente da Prefeitura de Guarapuava será uma “vitrine”.

“Nós vamos mostrar o que de melhor Guarapuava tem e conquistou nos últimos anos perante todo o Paraná. São essas conquistas que vão endossar as propostas que vamos apresentar”, ressaltando a importância do diálogo e da capacidade de articulação.

Na avaliação do ex-prefeito, o reconhecimento da pré-candidatura e sua colocação no centro da disputa do estado “é o rompimento de uma barreira histórica”.

“A demonstração de confiança de todo o partido, que tem a tradição de ter governado o Paraná, em torno do nosso nome, é uma demonstração de reconhecimento de fora para dentro daquilo que fizemos aqui. É a maior demonstração que os feitos de Guarapuava são admirados em todo o Paraná”, pontuando que a “terra do lobo bravo” será referência. “Eu quero poder projetar essa vivência nossa de Guarapuava numa escala maior. Vou colocar Guarapuava em evidência perante o Estado. Vai ser nossa grande vitrine”.

Ao CORREIO, o pré-candidato diz que seu trabalho de oito anos à frente da Prefeitura de Guarapuava será uma “vitrine” (Foto: Redação)

NACIONAL
Já na corrida pela Presidência da República, cujas pesquisas indicam liderança do ex-presidente Lula (PT), seguido de Jair Bolsonaro (PL), o PSDB lançará o atual governador de São Paulo, João Dória, como candidato – em novembro de 2021, ele venceu as prévias da legenda, superando o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

“[João Dória] é uma figura que tem uma trajetória política em ascensão muito rápida, já provou ser um candidato muito combativo, vai bem quando se apresenta junto ao eleitor, e a expectativa naturalmente é que ele venha a crescer no processo eleitoral. Mas é muito cedo para dizer, até porque eu acredito que essa chamada ‘terceira via’ no âmbito nacional ainda vai criar alguma convergência”, afirma. “Está ficando claro que a tendência da eleição é se manter polarizada. Se essa chamada ‘terceira via’ não se unir, continuar fragmentada, dificilmente vai se quebrar essa polarização”.

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