Abertura de empresas aumenta 11,38% em Guarapuava

Guarapuava registrou no primeiro trimestre deste ano um aumento de 11,38% no número de empresas abertas na comparação com o mesmo período de 2016. De acordo com relatório estatístico da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), de janeiro a março de 2017 foram abertos 499 novos negócios na terra do lobo bravo, nos registros protocolados na Jucepar, contra 448 negócios criados nos três primeiros meses do ano passado.

O melhor período no trimestre de 2017 foi março, quando foram abertas 185 novas empresas; depois, vem janeiro (160) e fevereiro (154). No ano passado, o desempenho ficou assim: março (175), janeiro (154) e fevereiro (119). No Paraná, a alta ficou na casa dos 15%, com 40 mil novos negócios em 2017, contra 35 mil em 2016.

Guarapuava vive hoje um momento muito importante. Como somos uma cidade cujo carro-chefe é o setor de micro e pequenas empresas e do agronegócio, não sentimos tanto esse momento de crise do país, diz o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), Rudival Kasczuk, destacando que o município é a bola da vez do desenvolvimento. Os empresários guarapuavanos estão acreditando e investindo.

Em sua avaliação, as micro e pequenas empresas se tornaram o principal motor da economia do país, impulsionando a abertura de novos negócios e empregando parte da mão de obra.

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Rudival Kasczuk, presidente da Acig (Cristiano Martinez/Correio)

FECHAMENTOS
Ao lado do aumento de abertura de empresas, ocorreu um movimento inverso no índice de fechamentos. Ou seja, caiu o número na baixa de negócios na comparação entre o primeiro trimestre de 2017 e o mesmo período de 2016.

Segundo o relatório da Jucepar, 13.348 negócios foram extintos no primeiro trimestre em todo o Paraná, 10% menos do que os 14.710 que encerraram atividades no mesmo período do ano anterior.

Já a economia guarapuavana teve um ritmo ainda mais intenso. O nível de fechamentos registrou queda de 20,51%, ou seja, o primeiro trimestre de 2017 ficou com 155 baixas, contra as 195 de 2016. O melhor mês deste ano foi fevereiro, com 43 casos; depois, vem janeiro (51) e março (61).

Já nos primeiros meses de 2016, o pior período foi fevereiro (68), seguido de janeiro (65) e março (62).

Guarapuava vive hoje um momento muito importante. Como somos uma cidade cujo carro-chefe é o setor de micro e pequenas empresas e do agronegócio, não sentimos tanto esse momento de crise do país – Rudival Kasczuk

Essas empresas que fecharam são aquelas com o CNPJ com dez ou mais anos inativos; ou pessoas físicas que prestaram concurso público, aposentadorias, explica Kasczuk, destacando que o motivo, em Guarapuava, não tem ligação direta com a situação de queda da economia.

PERSPECTIVAS
Para o restante do ano, o presidente da Acig tem uma perspectiva positiva de recuperação da economia local. O primeiro trimestre foi um balizador, já o segundo tri começou bem com aquela circulação do dinheiro do FGTS. Assim, temos a percepção de que o comércio e a indústria estão estimulados hoje a investir.

Ele destaca que a Acig auxilia os empresários para se desenvolver no município, tornando-se uma verdadeira casa do empresário. Inclusive, é uma preocupação que se estende aos municípios vizinhos, já que Guarapuava é considerada uma cidade-polo do Centro do Paraná.

Texto: Cristiano Martinez
Foto: Arquivo/Correio do Cidadão